O choque em pleno show que quase matou Ace Frehley nos anos 70

No dia 12 de dezembro de 1976, o Kiss tocava em Lakeland, Flórida, quando o guitarrista Ace Frehley sofreu uma descarga elétrica ao bater num corrimão sem aterramento. O incidente, que teria sido fatal, foi evitado por um “milagre” que impediu a queda de Frehley, permitindo que a equipe o retirasse da escada eletrificada e lhe administrasse primeiros socorros antes que ele retornasse ao palco. A experiência brutal se transformou num catalisador artístico: em 1977, no álbum Love Gun, a banda lançou “Shock Me”, a composição de Frehley inspirada na noite em que quase perdeu a vida. A faixa, que rapidamente se tornou um clássico da discografia, ilustra como um episódio de risco pode ser convertido em arte, mantendo a relevância do evento nas memórias dos fãs e na narrativa histórica do rock.

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O contexto musical da época favoreceu a emergência de “Shock Me”. Em Love Gun, o Kiss buscava consolidar sua identidade sonora, e a participação de Frehley como vocalista principal – algo incomum para ele – acrescentou originalidade ao álbum. Quando apresentou a música a Gene Simmons, o vocalista e baixista já percebia sua estrutura quase finalizada, o que facilitou a aprovação rápida pela banda. A faixa ganhou notoriedade não apenas pelo conteúdo lírico – que faz alusão à própria descarga – mas também pelo solo de guitarra que, em 2021, foi classificado pela Guitar World como um dos 50 melhores de todos os tempos. O single alcançou posições respeitáveis nas paradas, reforçando a força de lançamento de Love Gun, que vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo, consolidando a banda como potência global no rock.

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A repercussão de “Shock Me” transcende o próprio álbum, pois o tema passou a ser um hino recorrente nas turnês e nas performances ao vivo, simbolizando tanto a resistência de Frehley quanto a coragem da banda frente a situações adversas. A história da descarga elétrica continua sendo citada em documentários e entrevistas, mantendo viva a memória do ocorrido e alimentando a mitologia do Kiss. Para Ace, que posteriormente lançou carreira solo, o episódio e a composição subsequente reforçaram sua reputação como guitarrista resiliente e criador de riffs memoráveis. Assim, a tragédia de 1976 se transformou em uma referência musical que continua influenciando guitarristas e fãs, lembrando que, no mundo do rock, até mesmo os momentos mais perigosos podem gerar trilhas sonoras inesquecíveis.

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