O transporte aéreo brasileiro enfrenta um dilema iminente, às vésperas do período de maior demanda do transporte aéreo, durante as festas de fim de ano. Em 23 de dezembro, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) anunciou estado de greve e convocou uma assembleia geral extraordinária para a manhã da próxima segunda-feira, quando pilotos e comissários decidirão se entram ou não em greve. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e reajuste salarial. De acordo com o SNA, 49,31% dos votos foram contra a proposta patronal, 49,25% foram favoráveis e 1,44% se abstiveram. A paralisação, se aprovada, não seria imediata, pois há um prazo legal de 72 horas para o início do movimento. Os tripulantes continuam trabalhando normalmente até a decisão da assembleia.

A greve visa pressionar as empresas aeronáuticas Azul e Gol a aceitarem as reivindicações da categoria. Entre os pontos exigidos pelos aeronautas estão a redução da carga de trabalho, o combate à fadiga e um aumento nos salários. Em contraproposta, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) apresentou uma nova sugestão que prevê um reajuste salarial pelo INPC mais 0,5% e um aumento de 8% no vale-alimentação. A proposta será analisada na assembleia de segunda-feira. As negociações envolvem apenas as companhias Azul e Gol, pois a Latam aprovou as propostas de acordo coletivo apresentadas pela empresa em dezembro.

O estado de greve pode afetar a programação de voos no Ano Novo, mas os passageiros devem estar cientes de que a categoria está tomando essa medida após uma votação e, portanto, a mobilização é uma última resposta à falta de consenso nas negociações com as empresas. O SNA reconhece os transtornos que a greve pode causar, mas defende a mobilização como uma necessidade para garantir a valorização dos aeronautas e manter os padrões de segurança e qualidade da aviação civil brasileira.

O período de férias e fins de ano em voos, geralmente, é um pico em ocupação. A greve, se aprovada, afetará a programação de voos e, como consequência, pode levar a cancelamentos, atrasos e outros transtornos para os passageiros. As companhias aéreas precisam estar preparadas para lidar com as implicações da greve, que afeta não apenas os passageiros, mas também os funcionários das empresas.

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