Lula se reúne com ministros no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (1º de dezembro) para tratar de segurança pública e da crise institucional com o Congresso. O encontro, na hora de 12:33, reúne cinco responsáveis do Executivo – Casa Civil, Justiça e Segurança Pública, Fazenda, Relações Institucionais e Comunicação – e tem como objetivo definir as pautas que serão votadas na semana corrente. O presidente sinaliza que duas medidas vinculadas à segurança pública já estão programadas para o Congresso, o que pode acelerar a tramitação de normas destinadas a combater a violência e o crime organizado.
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O quadro da reunião mostra a composição do gabinete de Lula em momentos de tensão política. Rui Costa, da Casa Civil, Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, Fernando Haddad, da Fazenda, Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, e Sidônio Palmeira, da Comunicação Social, confirmam a prioridade do tema para o governo. A pauta de segurança pública inclui a aprovação de recursos para a polícia federal e estadual, a ampliação de programas de prevenção ao delito e a implementação de novas tecnologias de monitoramento. A discussão também abrange as negociações de apoio parlamentar necessárias para que as propostas alcancem a maioria nas câmaras.
O clima de tensão entre Planalto e Senado se agudizou no domingo (30/11), quando Davi Alcolumbre, presidente do Senado, divulgou nota criticando a suposta demora do envio da mensagem presidencial que formaliza a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal. O documento, que ainda não foi entregue à Casa, é exigido para que a sabatina marcada para 10 de dezembro aconteça. Alcolumbre acusou o Executivo de criar “falsa narrativa” e de interferir no cronograma exclusivo do Senado, além de apontar que sua proposta de nomear o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) não foi atendida. Em resposta, o líder da bancada do Senado incluiu temas na pauta da Casa que desfavorecem o governo, reforçando a disputa institucional.
Em comunicado posterior, a ministra Gleisi Hoffmann alinhou o discurso do governo com o de Alcolumbre, afirmando que Lula rejeita insinuções de que a relação institucional se baseie em negociações de cargos e emendas. O presidente do Executivo, por sua vez, manifestou a intenção de entregar pessoalmente a mensagem presidencial ao presidente do Senado, como relatado pelo jornal Metrópoles. A ação pode ser vista como tentativa de diminuir a fricção e de garantir que a nomeação de Messias avance sem mais atrasos. As implicações incluem a possível continuidade das disputas sobre as indicações ao STF, a necessidade de negociações adicionais para aprovação das leis de segurança e a manutenção de um ambiente político conturbado entre Planalto e Congresso.