A rejeição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado Federal está gerando uma crise nas negociações da indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na última quinta-feira (26), o presidente da República e Messias esperam por uma reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil – AP), para anunciar a escolha do advogado-geral da União para o posto no STF. Contudo, essa reunião não foi marcada ainda.

Nesse momento, a situação está difícil para a indicação de Jorge Messias, pois senadores da base governista reclamam da falta de acesso ao presidente Lula, que é um problema antigo exacerbado pelo desgaste na relação entre o Planalto e a Casa. Eles argumentam que alguns senadores que comumente votam com o governo nunca foram recebidos pelo presidente, o que pode influenciar na decisão deles. Além disso, um gesto de Lula pode ajudar a melhorar o ambiente e a aprovação de Messias pode ser garantida. A expectativa é que a entrega pessoal da indicação por parte do petista ao presidente do Senado possa ser suficiente para garantir o apoio dos 41 votos necessários.

Na visão de alguns líderes do Senado Federal, a crise institucional enfrentada por Lula prejudica a sua relação com a cúpula do Congresso Nacional. Alguns membros da base governista afirmam que se Messias conseguir o apoio dos senadores, ele é um candidato favorito a ocupar o posto no STF. Contudo, o fato de o presidente Lula não ter escolhido o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o STF, como esperavam alguns parlamentares, pode ter influenciado na postura do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Na quarta-feira passada (25), o presidente do Senado afirmou que Lula faltou à sanção de projeto que extingue a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) das empresas com faturamento abaixo de um milhão de reais por mês, dizendo por falta de clima.

As consequências dessa crise política podem ser graves, especialmente para a indicação de Messias. Se o presidente Lula não for capaz de garantir o apoio dos senadores, pode não haver possibilidade de a indicação ser aprovada. A pressão política para que o presidente do Senado receba a indicação de Messias e a mensagem de Lula, ainda não marcada, é um passo importante para garantir a aprovação da indicação. Além disso, pode ser que novos movimentos políticos sejam necessários para garantir o apoio da base governista e de outros senadores.

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