Kristen Stewart, atriz e diretora conhecida por seu papel em Crepúsculo, recentemente concedeu uma entrevista ao New York Times, onde abordou temas como a interpretação de gênero no cinema e o culto ao “método” de atuação, uma técnica que envolve intensa imersão emocional e comportamentos extremos. Stewart argumentou que o “método” é frequentemente utilizado por atores homens como uma forma de proteger sua masculinidade em um ofício que exige submissão e exposição emocional. Ela afirmou que a performance é inerentemente vulnerável e, portanto, “pouco masculina”, e questionou por que as atrizes não são conhecidas por adotar essa abordagem. Além disso, Stewart destacou a disparidade no tratamento de homens e mulheres no set, citando o exemplo de Marlon Brando, que foi romantizado por seu comportamento durante a gravação de Superman, enquanto as mulheres seriam vistas de forma diferente se adotassem o mesmo comportamento.

A visão de Stewart sobre o “método” de atuação e a percepção de gênero no cinema levanta questões interessantes sobre a forma como os atores se preparam para seus papéis e como são vistos pelo público. A ideia de que os atores homens utilizam rituais físicos prévios às cenas como uma forma de blindagem psicológica para afastar o desconforto da vulnerabilidade é particularmente intrigante. Isso pode ser visto como uma forma de masculinidade sendo performada, onde os atores sentem a necessidade de demonstrar sua força e controle antes de se renderem a emoções mais vulneráveis. Já as atrizes, por outro lado, podem ser vistas como mais emocionais e instáveis, o que pode influenciar a forma como são percebidas e tratadas no set. Essa distinção é importante para entender como o gênero pode influenciar a forma como os atores são vistos e tratados no meio cinematográfico.

A percepção de Stewart sobre a desigualdade de tratamento entre homens e mulheres no set é reforçada por sua conversa com um colega de trabalho, que rapidamente mudou de assunto quando ela mencionou a possibilidade de uma atriz adotar o “método”. Isso sugere que há um estigma associado às mulheres que adotam comportamentos mais extremos ou intensos em seu trabalho, enquanto os homens são frequentemente vistos como lendas ou heróis por seus esforços. Essa disparidade pode ter implicações significativas para a forma como as atrizes são vistas e tratadas no meio cinematográfico, e como elas se sentem capazes de se expressar e se preparar para seus papéis.

A abordagem de Stewart ao tema do gênero e do “método” de atuação pode ser vista como uma crítica ao sexismo e à discriminação de gênero no cinema. Ela destaca a importância de reconhecer e abordar essas questões, para que os atores e as atrizes possam se sentir livres para se expressar e se preparar para seus papéis sem medo de julgamento ou estigma. Isso pode contribuir para uma indústria cinematográfica mais inclusiva e equitativa, onde todos os atores possam ser vistos e tratados com respeito e profissionalismo.

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