A era Xabi Alonso no Real Madrid começa a mostrar rachaduras. Após onze rodadas da La Liga 2025/26, o time soma 21 pontos — pior campanha merengue desde 2001/02 — e vive crise interna: seis titulares relevantes, entre eles Vini Jr. e Valverde, teriam ido ao conselho com queixas formais sobre falta de oportunidades e posições táticas. O clube, que tropeçou em duas das três últimas partidas (derrota para o Barcelona por 2 a 1 e empate em Valência), vê o técnico perder respaldo justamente quando a distância para o líder Girona já chega a sete pontos.

O núcleo insatisfeito aponta decisões táticas como gatilho. Rodrygo e Vini Jr. jamais atuaram juntos sob Alonso; Endrick soma 67 minutos em quatro jogos; Brahim foi sacado aos 38 minutos diante do Betis. Do outro lado, Arda Güler, Mbappé e Courtois figuram entre os que apoiam o espanhol — o que cria um vestiário dividido em “bloco de apoio” e “bloco de resistência”. Segundo dados da La Liga, o Madrid caiu de 2,4 pontos por jogo com Ancelotti para 1,9 com Aloso, além de reduzir a posse média de 59% para 54% e ver seu xG (gols esperados) por partida cair de 2,1 para 1,6.

Na próxima semana, o calendário exige resposta imediata: quarta-feira tem-se a volta das oitavas da Champions contra a Internazionale (o 1 a 0 no Giuseppe Meazza deu vantagem), e no domingo tem-se o derbi madrilenho contra o Atlético, no Metropolitano, onde o Real não vence há três temporadas. A diretoria, por ora, blinda Alonso publicamente, mas internamente deu ao treinador duas partidas — Inter e Atlético — para reverter o clima. Caso o time passe em branco ou exiba desunião, a diretoria já consulta informalmente nomes como Raul e Zidane para possível interinato.

O futuro próximo de Vini Jr. representa a faísca que pode explodir o barril. O brasileiro, com 24 gols em 2024/25, tem contrato até 2027 e, de acordo com o The Athletic, avisou que não renovará se Aloso permanecer. O jogador tem multa de 1 bilhão de euros, mas clubes como PSG e Manchester City acompanham a situação. Caso o técnico seja mantido e o camisa 7 deixe o clube, o Real teria de buscar um substituto de ponta em janeiro, algo que o fair-play financeiro já indica como operação complicada. Em meio à disputa de títulos e à estabilidade financeira, a próxima semana pode decidir não só a liderança do grupo, mas o próprio ciclo do novo treinador merengue.

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