Inaugurado em 29 de outubro de 2025, o Centro Cultural Banco da Amazônia, localizado em frente ao Theatro da Paz em Belém (PA), abriu suas portas durante a fase final da COP30, quando a capital do país foi simbólica e efetivamente transferida para a região Norte. O espaço, de 4 mil metros quadrados, foi investido com R$ 20 milhões pelo banco e pretende servir como palco para artistas locais e nacionais, além de promover debates sobre questões ambientais apresentadas na conferência. A presença de representantes da COP30, artistas e ativistas climáticos foi marcada por eventos que integraram arte e sustentabilidade, destacando o potencial de mobilização cultural.
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O diretor executivo Luiz Lessa ressaltou que a criação do centro tem como objetivo “exibir nossos artistas e usar a arte como meio de pensar e buscar soluções para os problemas do mundo”. A escolha do local em frente ao Theatro da Paz foi estratégica, permitindo que o centro se tornasse um ponto de encontro para a comunidade e visitantes da COP30. O investimento de R$ 20 milhões foi destinado à infraestrutura, instalações de exibição e recursos tecnológicos, permitindo que o centro funcione como uma plataforma de comunicação cultural e ambiental.
Durante um dos eventos da conferência, a ministra Margareth Menezes enfatizou que “a cultura integra as narrativas da Agenda de Ação como uma iniciativa importante para expandir e mobilizar”. A ministra citou a ação itinerante “Pasárgada”, em que a artista Dira Paes dirigiu e roteirizou um filme inspirado no poema de Manuel Bandeira. O filme foi exibido em um cinema a céu aberto na Comunidade do Furo do Piriquitaquara, na Ilha do Combu, oferecendo a primeira oportunidade de cinema para moradores locais. A iniciativa buscou combinar entretenimento e conscientização sobre as questões discutidas na COP30, envolvendo artistas e ativistas climáticos em diálogos interativos.
Além das exibições regulares, o centro participou do projeto “Uma Noite no Museu”, que promove visitas noturnas ao Sistema Integrado de Museus e Memoriais durante a COP30. A gerente de Marketing e Comunicação, Ruth Helena Lima, descreveu a fachada do centro como a primeira galeria de arte urbana da cidade, exibindo obras que celebram a vanguarda artística da região. O objetivo era surpreender os visitantes desde a entrada, criando uma experiência imersiva que refletisse os temas da conferência e o compromisso do Banco da Amazônia com a cultura e o meio ambiente.