Na quinta-feira, 27 de novembro de 2025, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Brasil deve buscar um acordo de cooperação com os Estados Unidos para combater o crime organizado. Essa afirmação foi feita durante uma entrevista coletiva sobre a operação “Operação Poço de Lobato”, que teve como alvo uma refinaria do grupo Fit, que deve mais de R$ 26 bilhões em impostos e é investigado por fraude. A operação em questão foi realizada após descobrir-se que alvos da “Operação Poço de Lobato” estariam atuando nos Estados Unidos para realizar evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

O ministro Haddad explicou que o Estado de Delaware, nos Estados Unidos, estaria sendo utilizado como base para operações ilegais, incluindo a abertura de dezenas de empresas como meio de lavar dinheiro. Ele descreveu um esquema complexo no qual recursos eram enviados para os Estados Unidos como empréstimo para fundos e, posteriormente, retornavam ao Brasil na forma de aplicação. Só uma das operações ilegais teria sido no valor de R$ 1,2 bilhão. Além disso, o ministro destacou que peças de reposição de armamentos têm partido dos Estados Unidos ilegalmente e chegado ao Brasil para abastecer o crime organizado. O assunto do possível termo de cooperação com os EUA já foi discutido com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Haddad aproveitou a oportunidade para defender novamente a aprovação do projeto de lei contra o devedor contumaz, que já foi aprovado no Senado e agora aguarda apreciação na Câmara dos Deputados.

A ideia de combater “o andar de cima” do crime organizado tem sido enfatizada pelo ministro Haddad nas últimas semanas, com ênfase na importância da inteligência investigativa e na retirada de recursos financeiros como estratégias eficazes. Essa abordagem foi reforçada após a tramitação do Projeto de Lei (PL) Antifacção, que foi enviado pelo Executivo, mas sofreu alterações significativas durante sua tramitação no Congresso. A posição do ministro reflete a preocupação do governo em desenvolver estratégias mais eficazes para enfrentar o crime organizado, tanto dentro do país quanto em cooperação internacional, especialmente com os Estados Unidos. A possibilidade de um acordo de cooperação entre os dois países pode abrir caminhos para a troca de informações e ação conjunta contra esquemas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

A busca por cooperação internacional contra o crime organizado é um tema complexo e multifacetado, envolvendo questões legais, institucionais e políticas. A posição do ministro Haddad e as discussões em curso no governo e no Congresso indicam a preocupação com a grave situação do crime organizado no Brasil e a necessidade de abordagens inovadoras e colaborativas para enfrentá-lo. A questão também ressalta a importância da coordenação entre diferentes ministérios e agências, bem como da cooperação internacional, para combater eficazmente esses crimes transnacionais. As próximas etapas incluirão a continuidade das investigações, a negociação de possíveis acordos de cooperação com os EUA e a tramitação de projetos de lei relevantes no Congresso Nacional.

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