A seleção italiana sub-17 garantiu o terceiro lugar da Copa do Mundo da categoria ao derrotar o Brasil nos pênaltis por 4 a 2, após empate sem gols no tempo regulamentar, na tarde desta quinta-feira (27), no estádio Ahmad Bin Ali, em Al-Rayyan, no Catar. O resultado encerra a participação da Azzurri no torneio com o pódio parcial e mantém os brasileiros sem presença no top-3 desde 2019, reforçando pressão sobre a geração que buscava apagar a imagem do quarto lugar obtido na edição anterior, no Peru.

A partida foi definida por detalhes e por uma expulsão precoce. Aos seis minutos, o zagueiro Vitor Fernandes recebeu cartão amarelo por falta dura em Franco Lontani; aos 13, puxou novo contra-ataque italiano e viu o segundo amarelo, deixando o Brasil com dez jogadores. A vantagem numérica transformou o jogo: a Itália dominou a posse (62%) e finalizou 17 vezes, cinco delas no alvo, enquanto o Brasil teve apenas quatro chutes, nenhum em direção à meta de Longini. Mesmo assim, o sistema defensivo brasileiro, liderado pelo capitão Kauã Elias e pelo goleiro André Silva, manteve o 0 a 0 com bloqueios de última hora e linha de impedimento bem armada, empurrando o duelo para as penalidades. Na sequência, Prisco, Lontani, Luongo e Baralla converteram; pelos brasileiros, Pedro Lima e Caio Sampaio acertaram, mas Luís Pacheco e Luís Eduardo tiveram cobranças defendidas por Longini, que se tornou herói italiano.

O terceiro lugar coroa campanha consistente dos europeanos, que haviam caído na semifinal para Portugal por 2 a 1, enquanto o Brasil foi superado pela Áustria nos pênaltis. Ambas as equipes semifinalistas voltam às atenções para a final da noite, também em Al-Rayyan, onde Portugal e Áustria disputam o título inédito. Para a Itália, o pódio representa a terceira vez que termina entre os três melhores na história do torneio (1991 e 2019), reforçando tradição de revelar jovores para o futebol de clubes. Já o Brasil soma quatro troféus (1997, 1999, 2003 e 2019), mas vê a atual geração repetir o desempenho de 2023, levantando debates sobre preparação de base e estilo de jogo mais cauteloso quando em desvantagem numérica.

A competição encerra nesta quinta com a decisão inédita entre lusos e austríacos; o vencedor quebrará jejum histórico e entrará para a lista de campeões mundiais sub-17. A CBF, por sua vez, já projeta o ciclo seguinte, com olheiros monitorando atletas de 2009 para o Sul-Americano de 2026, enquanto a Federação Italiana celebra a medalha de bronze como trampolim para a geração que disputará o Eliminatório Europeu no próximo semestre.

Sem consulta SPC/Serasa
Os 5 melhores cartões de crédito sem consulta SPC/Serasa