A Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Rio de Janeiro instaurou procedimento de apuração interna na quinta-feira (27/11) após a cantora e influenciadora Pocah relatar ter sido ofendida por um policial militar na rua, na noite de quarta-feira (26/11). Segundo a artista, o agente teria gritado “baranga” enquanto ela caminhava pela calçada, no bairro de Jacarepaguá, zona oeste da capital. O caso ganhou repercussão nas redes sociais, onde Pocah publicou imagens do momento afirmando que ficou “sem reação” com a agressão verbal. O órgão confirmou, por meio de nota enviada ao site Quem, que já iniciou diligências para identificar o policial envolvido e apurar eventual infração disciplinar ou penal.

Nas gravações compartilhadas, a cantora aparece visivelmente surpresa e, em seguida, narra o episódio para seus seguidores. “Não fiz absolutamente nada. Estava só andando, de máscara, na minha”, disse. O vídeo somou mais de 1,2 milhão de visualizações em menos de 24 horas. Posteriormente, Pocah voltou a se manifestar nos stories: “Famoso rindo de nervoso no storie anterior. Eu não gosto de generalizar. Mas muito triste ver quem era para proteger vir atacar gratuitamente uma mulher que não fez absolutamente nada!”. A Polícia Civil não confirmou se a denúncia foi formalmente registrada na Delegacia de Crimes de Informática (DCI) ou em outro distrito, tampouco informou prazo para conclusão da investigação.

O protocolo da Corregedoria prevê que, identificado o agente, o processo siga para a Comissão Disciplinar, que pode aplicar punições que vão de advertência à demissão, conforme o artigo 145 do Regimento Interno da Polícia Civil. Dados do relatório anual da corporação mostram que, em 2024, foram instaurados 312 procedimentos disciplinares por conduta irregular, sendo que 48 resultaram em exoneração. Especialistas em segurança pública apontam que casos de abuso verbal costumam ter baixa gravidade na tipificação interna, o que dificulta punições mais severas. O Metrópoles solicitou à assessoria de imprensa da Polícia Civil o número exato de denúncias por injúria ou discriminação recebidas nos últimos anos, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.

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